
"Eu vivi e sobrevivi do que mais gosto de fazer, que é cantar. Isso mesmo é o que acontecerá hoje, no Coliseu", diz Alcione.
O espectáculo, de acordo com a artista, terá por base o novo disco mas não só.
"Para mim um disco e um show são coisas diferentes. Por isso, vou incluir algumas músicas que não fazem parte do CD "De tudo o que eu gosto". Exemplo disto é a homenagem que farei ao centenário de Cartola (cantor e compositor brasileiro que ficou conhecido como o trovador do samba). Na mesma ocasião, homenagearei ainda as cantoras Elza Soares e Clara Nunes e cantarei um fado "Lisboa antiga". Com este seu concerto, evoco um pouco a minha própria trajectória", explica.
Alcione garante que o samba continua vivo e a cada dia se renova. Prova dessa renovação, justifica, é o tema "Trajectória", de Arlindo Cruz.
"Embora não faça parte do meu repertório nem do meu último disco, escolhi-o porque acho que é um samba lindíssimo que, para mim, representa a grande renovação do género".
Sabendo da legião de fãs que tem em Portugal, a intérprete não deixará de cantar alguns dos temas que "são obrigatórios", como "Retalhos", "Não deixe o samba morrer", ou "Estranha loucura". Para a cantora de "Você me vira a cabeça", que também se notabilizou como trompetista, os seus discos nunca são lineares. Logo "De tudo o que eu gosto" também não o é, afirma.
"Eu sou aquilo que sou. Quando estou no palco dou o melhor de mim. Quando de lá desço quero retomar a normalidade, isto é, quero ir ao supermercado, andar na rua como qualquer pessoa e sentar-me em minha casa a bordar. Adoro bordar. Terminei agora, a meias com a minha irmã, uma toalha de 6 m toda bordada a ponto de cruz".
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