A 20ª edição da premiação vai homenagear a maior sambista de todos os tempos, Clara Nunes. Alcione, que não lançou disco ano passado, não estará concorrendo ao prêmio, mas vai participar da homenagem à amiga Claridade. Na categoria samba, as cantoras concorrentes são Dona Inah (Olha quem chega); Leci Brandão (Eu e o samba) e Mart'nália (Madrugada).
Fonte: O Globo On Line
José Maurício Machline soube em março, dois meses antes da data prevista para a festividade de entrega do Prêmio TIM de Música Brasileira, que a empresa de telefonia não mais patrocinaria o evento. Pensou em desistir, mas diversos sinais mostraram a ele que deveria seguir em frente. E esses sinais vieram dos amigos que fez em 24 anos de existência do evento. O iluminador Césio Lima mandou um recado pela filha do empresário: "Não tem patrocínio? Diz para ele que eu vou fazer de graça a melhor luz que ele já viu!". Aloísio de Abreu abraçou o roteiro, o cenógrafo Gringo Cardia ligou do Canadá oferecendo seus préstimos; Rildo Hora disse que faria a direção musical "no amor"; e Lenine, que, se preciso fosse, ele e a mulher, Ana, varreriam o palco. Com amigos assim ficou fácil tomar a decisão de bancar o agora Prêmio da Música Brasileira, que acontece no dia 1 de julho, no Canecão, do próprio bolso.
- Foi uma decisão difícil, mas, por essas demonstrações de afeto, a mim e ao prêmio, hoje esse trabalho está sendo recompensador. Pensei que fosse conseguir um outro patrocinador, mas não aconteceu - conta Machline. - Sei que o prêmio é querido e aguardado pela classe musical.
Segundo Machline, o fim da parceria com a empresa de telefonia não aconteceu por problemas financeiros, mas sim por questões políticas. Apoiado em números, ele diz que o patrocinador ganhou, no último ano, em mídia espontânea, sete vezes o valor que investiu na premiação.
Mas isso é passado. Com motivos de sobra para o otimismo, Machline diz que sua maior preocupação, desde o ocorrido, era entregar o prêmio deste ano, referente à produção de 2008, com a mesma competência dos anteriores:
- Nunca deixaria o prêmio morrer de forma melancólica.
O empresário pensou em Fernanda Montenegro para apresentar a noite com Caetano, que ainda não confirmou sua participação por problemas de agenda. Ao ligar para a atriz, recebeu mais um afago, em um gesto de grandeza.
- Quando ela soube que eu pagaria o cachê do meu bolso, respondeu: "Então não tem nada a pagar". Olha o que significa a maior artista brasileira, aos 79 anos, sair de casa para prestigiar o prêmio...
A homenageada da vez será a sambista Clara Nunes. E, claro, alguns números já estão bastante definidos na cabeça de Machline:
- Vi a Fabiana Cozza cantando com um quarteto e fiquei encantado. Pensei nela abrindo a homenagem com "Um ser de luz". Mariana Aydar deve cantar "Portela na avenida" com Leandro Sapucahy; João Bosco certamente lembrará "Nação"; Alcione, "Sem companhia", e por aí vai.
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