Do Blog do Chico Pereira
A atenção do ídolo. A emoção da fã. Mistura perfeita para uma noite de sábado. Foi exatamente o que aconteceu com a senhora Eudóxia Maria Ribeiro, de 82 anos, ao se encontrar com a cantora Alcione, a Marrom, no Show Eterna Magia, realizado no dia 14 de novembro no auditório Araújo Vianna, em Porto Alegre.
Isso tudo com direito à palhinha da fã, que cantou: “Não deixa o samba morrer” …Com sua voz inconfundível e incomparável, a querida Marrom deixou gravado, muita emoção e “Magia” na lembrança dos que tiveram a oportunidade de ouvir, esta que é uma das maiores cantoras do Brasil.
Dona Eudóxia contou que sempre gostou de cantar. Ela cantava nas reuniões de família e amigos. Numa época chegou a comprar um traje igual ao da Alcione, mas roubaram a saia, e hoje só tem a blusa da peça.
A bela história de Eudóxia ganhou até elogios de Alcione em sua rede social. “Sempre inesquecível cantar em Porto Alegre! Aqui ganhei meu primeiro troféu. Dedico o show de hoje a D.Eudóxia. Obrigada ao meu fã clube pela presença”, descreveu.
O sonho de Eudóxia de conhecer a cantora Alcione aconteceu graças ao empenho e dedicação da equipe do Lar do Idoso Nossa Senhora Aparecida. “A ideia era levá-la ao show e oportunizar esse momento, sendo que por seus limites da idade não poderia ficar numa fila de espera”, comentou a assistente social e psicóloga, Kátia Denise Oliveira.
Nascida em 15 de março de 1933, em São Sepé, Eudóxia trabalhou e morou em Porto Alegre até outubro de 2013. Desde então é moradora da instituição Lar do Idoso Nossa Senhora Aparecida, localizada em Cachoeirinha.
A instituição presta serviços à comunidade desde 1987 e não tem fins econômicos. Atualmente há 36 idosas residindo no lar.
Segundo a assistente social Kátia Oliveira, lá há uma equipe de profissionais que realizam cuidados e zelam pelo bem estar das moradoras.
A instituição realiza parcerias com escolas, universidades, SESC, Parceiros Voluntários, grupos de pessoas, empresas e com a comunidade em geral, com o intuito de proporcionar o exercício de cidadania e uma maior integração social. “Procuramos sempre que possível, realizar atividades que venham de encontro com seus anseios e que possam aumentar a autoestima e a alegria de viver”, conta Kátia.
“Nossas “meninas“ se encontram numa etapa da vida que os limites são presentes e muitas vezes bem acentuados, decorrentes de patologias. Mesmo assim participam de várias atividades estimuladas pela equipe e voluntários. Foi numa dessas que descobrimos o talento para música da Eudóxia, sendo as preferidas da Alcione”, complementa a assistente social.
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